Menu fechado

Com IA, indústria de óleo e gás pode diminuir emissões

IA

Um estudo divulgado pelo Boston Consulting Group (BCG) apontou que a melhor saída para reduzir as crescentes emissões de gases de efeito estufa (GEE) por parte da indústria global de óleo e gás é o uso da inteligência artificial (IA) para identificar e mapear essas emissões com maior precisão. O relatório The AI Angle in Solving the Oil and Gas Emissions Chalenge mostrou também que as preocupações neste sentido podem criar inclusive uma vantagem competitiva para empresas desta indústria, uma vez que muitos de seus clientes já vêm trabalhando para reduzir suas próprias emissões de GEE.

O setor de óleo e gás é responsável por 41% das emissões globais de GEE. Enquanto 10% são emissões diretas (escopo 1), as indiretas relacionadas à energia elétrica (escopo 2) são 1% do total e as demais (escopo 3) representam 30%. O segredo segundo o BCG, portanto, está em identificar e reduzir os impactos na cadeia de fornecedores e consumidores finais.

Para a consultoria, a IA é uma aliada fundamental do setor para apoiar a tarefa. A tecnologia permite que empresas aproveitem dados de fornecedores e consumidores para criar modelos preditivos que estimam os níveis de emissões com mais precisão. Desta forma, elas podem refinar suas estratégias de descarbonização ao realizar ações mais efetivas e monitorar os progressos com mais precisão.

“As emissões de escopos 1 e 2 são mais simples de serem mitigadas, com iniciativas operacionais e de eficiência energética, por exemplo. Já as de escopo 3 são de maior dificuldade – e é onde mais esforços devem ser aplicados. Com o apoio da IA, as empresas podem fazer análises mais avançadas e precisas, que ajudam na identificação das fontes e impulsionadores das emissões indiretas, e assim direcionar as estratégias e ações mais valiosas para atingir o objetivo de descarbonização. Tudo deve ser feito levando em conta as particularidades dos ativos energéticos da empresa, possíveis impactos financeiros das ações e a regulação vigente”, avalia Henrique Sinatura, diretor-executivo e sócio do BCG.

Revista IPESI – EI – 236 – Pg 20