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Grânulos de PP PET reforçados para impressão por FGF

FGF

A holandesa DSM, com unidade em São Paulo (SP), anunciou seu novo grade de polipropileno (PP) com carga de vidro e fornecido em formato de pallets, desenvolvido especialmente para impressão 3D pelo método FGF (veja descrição a seguir), o que permite a produção simples e consistente de componentes estruturais e mais exigentes mecanicamente. Chamado de Arnilene AM6001 GF (G), em que “(G)” significa “granulado”, o material combina o desempenho mecênico, térmico, e químico desejável do polipropileno (PP) preenchido com vidro com a flexibilidade de um processo de impressão tridimensional. Se comparado ao PP comum, o material possui elevado índice de rigidez, temperatura de fusão na faixa de 165°C, temperatura de transição vítrea em 5°C, temperatura de uso contínuo na faixa de 135°C e densidade de 1,12 g/cm².

Tendo em vista a alta gama de aplicações do PP – principalmente por seu equilíbrio no que diz respeito ao seus custo, desempenho mecânico, térmico e químico -, a DSM desenvolveu o grade reforçado com fibras de vidro especificamente para o método de manufatura aditiva por FGF, sigla proveniente do inglês “fused granulate fabrication” ou fabricação por granulado fundido, em tradução livre.

De acordo com o Manufacturing Guide, plataforma sueca sobre métodos industriais de fabricação, o processo FGF consiste em uma plataforma móvel de construção na qual os grânulos de plástico inseridos convergem para uma rosca de extrusão vertical que gira, aquece e pressiona os grânulos até a sua fusão. A massa fundida e homogênea é forçada verticalmente através de um bico substituível, onde o fluxo é controlado pelo diâmetro e formato da passagem. Assim, o polímero é depositado com velocidade constante, construindo uma seção transversal do modelo a ser impresso. Após cada camada, a plataforma de construção é abaixada e a próxima camada é adicionada. Se necessário, uma estrutura de suporte pode ser impressa para assegurar a obtenção da geometria desejada. É necessário um pós-processamento para remoção dessa estrutura.

O Arnilene é recomendado para impressão direta de componentes estruturais e leves para o setor automobilístico, de infraestrutura e gerenciamento de água, bem como ferramentas. A adoção dessa metodologia para produção descentralizada ou de baixo volume é vantajosa devido à redução de custos cm a eliminação da necessidade de fabricação de ferramental, além do uso controlado de matéria-prima para produtos grandes.

Além disso, a companhia dispõe do Arnite AM8527 (G), um grade de poli (tereftalato de etileno) (PET) que, assim como o citado anteriormente, também foi desenvolvido para o processo de FGF. A companhia espera que o material seja uma solução econômica para a fabricação de ferramentas e componentes estruturais de grande porte com altos índices de desempenho térmico e mecânico para setores como o automobilístico e o de construção civil.

Revista Plástico Industrial N° 264