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BOPP – Filmes com concentrado antiviral chegam ao mercado

BOPP

A Polo Films, com escritório comercial em São Paulo (SP), desenvolveu uma linha de filmes fabricados em polipropileno biorientado (BOPP) que têm a capacidade de impedir a proliferação de microrganismos causadores de doenças.

A série de produtos chamada de FlexProtec conta com filmes que tiveram adicionados á sua cadeia polimérica nanomateriais à base de íons de prata (exemplo mostrado na imagem), o que lhes confere propriedades antivirais cuja eficácia foi constatada após a realização de testes laboratoriais na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Essa informação foi fornecida por Rodrigo Chaves Serafini, engenheiro de pesquisa e desenvolvimento sênior da companhia, que falou mais sobre o BOPP e as características dos filmes em entrevista concedida à revista Plástico Industrial.

Ele explicou como os produtos passaram a ter propriedades virucidas e comentou sobre outra de suas características: “a tecnologia incorporada aos filmes da família FlexProtec, teoricamente, pode ser utilizada em todos os tipos de filmes que produzimos, pois o diferencial consiste no acréscimo da propriedade antimicrobiana ao produto, sem alterar suas características. Pegando como exemplo o filme COEX, codinome 20TSY32, acrescentamos a especialidade PRO, de proteção, obtendo o filme 20TSY.PRO32”.

Além disso, a durabilidade das propriedades antivirais dos filmes não corre risco de ser comprometida durante o seu processamento, e nem mesmo se eles forem submetidos a condições críticas de abrasão ou molhamento, em caso de exposição a ambientes úmidos e / ou com formação de gelo, por exemplo. Rodrigo explicou o porquê disso; “os íons de prata são incorporados à matéria-prima que é utilizada na formulação da estrutura do filme, sendo assim totalmente inertes às condições de processamento e trabalho ao longo da cadeia de produção.

Os filmes com propriedades antivirais serão comercializados em versões com diferentes espessuras e com tratamento superficial para impressão e/ou laminação. O entrevistado também comentou que a companhia está aberta a propostas para a formação de parcerias para o desenvolvimento de filmes plásticos com capacidade para inativar vírus, bactérias e fungos. “Há projetos em desenvolvimento que poderão ser divulgados em breve”, concluiu.

Revista Plástico Industrial – Março 2022 – Pg. 60 e 61