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INDUSTRIA: PRODUTIVIDADE E CRESCIMENTO

A indústria brasileira precisa dar um salto tecnológico significativo para fortalecer sua competitividade e aumentar a produtividade. Assim, até 2032, quase metade das empresas (45%) devem fazer uso da internet das coisas em seus processos – contra os atuais 10,9% –, o que representa um aumento de 3,1 pontos percentuais ao ano.

O diagnóstico está no Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032, documento recém-lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apresenta metas e soluções para tornar o setor mais produtivo, digital e inovador em uma década.

E como concretizar esta meta de transformação digital?

O Mapa Estratégico avalia que é preciso planos de apoio à digitalização e à produtividade de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais, que representam 81% do total das empresas, e são responsáveis por 39% dos empregos formais no país. Além disso, o documento aponta que é necessário investir em programas no modelo smart factory (fábricas inteligentes) para o desenvolvimento de novas soluções digitais.

A boa notícia é que parte da solução surge com o novo Brasil Mais Produtivo, política pública do Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC) para aumentar a produtividade de MPMEs industriais, por meio de aumento de produtividade e transformação digital.

Lançado no dia 16 de novembro, na sede da CNI, em Brasília, anova edição do programa vai destinar R$ 2,037 bilhões parao engajamento digital de 200 mil indústrias, com 93,1 mil atendimentos diretos às empresas nos próximos três anos.

O Brasil Mais Produtivo tem apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e será executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Empresas interessadas em participar do programa podem se inscrever no site oficial do programa. (http://brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br).

“Este é, sem dúvida, um dos maiores programas de aumento de produtividade do mundo”, declarou Gustavo Leal, diretor-geral do SENAI. “Ele é inédito em escala – pretendemos atingir 200 mil empresas – e bastante completo: vai desde a sensibilização para questões de produtividade até uma incorporação de fato denovas tecnologias digitais”, explicou, lembrando que a edição anterior do programa conseguiu um aumen to de 54% de produtividade. E completou: “Ou o Brasil acaba com a baixa produtividade ou a baixa produtividade vai impedir o Brasil de crescer”.

SENAI e Sebrae colaborarão em conjunto para identificar as metodologias mais apropriadas às empresas atendidas, que passarão por uma jornada completa de acesso ao conhecimento, abrangendo planejamento e digitalização de gestão, adoção de melhores práticas de produtividade e consultorias em lean manufacturing (manufatura enxuta) e eficiência energética que conduzam a uma maior eficiência produtiva. Aliam-se a todas essas etapas, o aprimoramento da força de trabalho, a requalificação, transformação digital e projetos de smart factories.

O diretor-técnico do Sebrae Bruno Quick afirmou que esse é um programa estratégico e considerado prioritário para a instituição. “Ele está sendo desenhado para ajudar as micro e pequenas empresas (MPEs) a se tornarem mais produtivas e consequentemente mais competitivas no mercado brasileiro e também internacional”, declarou. Bruno Quick vê como fundamental apoiar as MPEs para que o setor produtivo volte a crescer de forma mais acelerada dentro do novo contexto. “Para que a indústria brasileira, que hoje representa 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 10,3 milhões de empregos, volte a crescer, será fundamental apoiar as MPEs para as oportunidades e os desafios na nova política de neoindustrialização, desenvolvendo assim indústrias na perspectiva do alcance ao estágio de smart factories, as chamadas fábricas inteligentes”.

(fonte: https://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2023/11/revista-industria-brasileira/#revista-industria-brasileira-ano-8-no-83-novembro2023%20 – pág.; 32 e 34)