Menu fechado

Reciclagem de dispositivos médicos de PVC

médicos

O programa VinylPlus – coalizão voluntária, fundada há dez anos na Europa, que auxilia a indústria local do PVC no desenvolvimento de técnicas a fim de estabelecer fundamentos de economia circular – lançou um novo projeto colaborativo para acelerar iniciativas de sustentabilidade na área de saúde em toda a Europa por meio da reciclagem de dispositivos médicos de PVC descartáveis.

Chamado de VinylPlus Med, o novo projeto reúne hospitais, gestores de resíduos, recicladores e a indústria de PVC. De acordo com o programa, a pandemia de Covid-19 destacou o pepel crucial desempenhado pelos dispositivos médicos plásticos de uso único na prevenção e controle de doenças.

O aumento da necessidade de tais itens descartáveis lançou luz sobre os desafios de gerenciá-los e descartá-los adequadamente após o uso. A triagem e a reciclagem adequadas dos resíduos plásticos não infecioso podem reduzir significativamente o impacto ambiental dos hospitais e seu custo operacional e o VinylPlus ajuda essas entidades a separar e gerir seu fluxo de resíduos médicos de policloreto de vinila (PVC).

Ainda segundo o programa, o PVC é o plástico mais comumente usado em dispositivos médicos descartáveis (como máscaras de oxigênio e anestésicas, tubos e bolsas, por exemplo), muitos deles usados sem contato direto com os pacientes ou em contato por um curto período. Neste caso, não são potencialmente infecciosos, podendo ser reciclados. Tomando como base o sucesso do RecoMed programa financiado pelo próprio VinylPlus, que destina dispositivos de PVC de uso único para reciclagem em novos produtos no Reino Unido -, o VinylPlus Med desenvolveu um esquema de reciclagem dos mesmos dispositivos médicos na Bélgica, para ajudar os hospitais a separar seu fluxo de resíduos.

Resíduo hospitalar, mas ainda assim reciclável

Para Brigitte Dero, diretora administrativa do programa, “No contexto do pandemia, o VinylPlus realmente queria ajudar os hospitais. Afinal, o PVC é o plástico mais utilizado na área da saúde. Muitos dos resíduos médicos de PVC não são infecciosos e podem ser reciclados quando devidamente separados e coletados. Estávamos ansiosos para aumentar a reciclabilidade do material neste setor crítico e estamos muito satisfeitos com o lançamento do VinylPlus Med. Começando com um projeto-piloto na Bélgica, estamos entusiasmados em tornar os plásticos médicos mais circulares junto com nossos parceiros”.

O esquema de concentrará em resíduos limpos que podem ser reciclados em um ampla gama de produtos de valor comercializados em toda a Europa. Além disso, o projeto também tem parceria com a belga Raff Plastics como recicladora e inclui empresas de resíduos, todas sediadas naquele país, em um raio de 120 km, para minimizar as distâncias de transporte e, assim, mitigar a pegada de carbono.

Por meio da PVC MedAlliance, que pertence ao Conselho Europeu de Fabricantes de Vinil (European Council of Vinyl Manufacturers – ECVM), o qual faz parte da PlasticsEurope, os dispositivos médicos de PVC são reciclados em diversos países. O produto reciclado, limpo e de alta qualidade é transformado em aplicações úteis como, por exemplo, calçados escolares, mangueiras industriais e de jardim, tapetes ergonômicos, entre outros.

Capacete de PVC

Programas similares a esses, por exemplo, poderiam se dedicar à reciclagem de equipamentos como as interfaces de ventilação mecênica não invasiva (VNI), a exemplo das bolhas de PVC utilizadas no tratamento de pacientes infectados com o coronavírus, que podem ser utilizadas associadas a um ventilador mecênico, como mostrado por Plástico Industrial no início da pandemia.

De acordo com a Agile Med, desenvolvedora do 7Lives Helmet, marca fornecedora do capacete de PVC, sua estrutura permite a formação de um ambiente com pressão positiva e enriquecido com oxigênio. A maior parte do material usado em sua confecção é PVC atóxico e a membrana de vedação do pescoço é produzida com látex uo silicone, que garante conforto e ajuste adequado para diferentes pacientes. Para sua fixação na cabeça, duas alças de polipropileno (PP) com fechos ajustáveis e policloreto dão segurança e conforto ao usuário.

Revista Plástico Industrial – N°269 – Maio 2021