Menu fechado

Plasma atmosférico como auxiliar na transformação de resinas recicladas

Plasma atmosférico

O uso de resinas recicladas faz com que as empresas enfrentem novos desafios na transformação, união, impressão e rotulagem de materiais e componentes. O uso de plasma atmosférico se estabeleceu como uma tecnologia-chave para promover o bom aproveitamento dos plásticos reciclados e também provou ser a opção preferencial para se chegar a processos de produção mais amigáveis do ponto de vista ambiental e mais eficientes quanto ao aproveitamento de recursos.

O uso responsável de recursos é um sério objetivo coorporativo e se encontra no topo da agenda de um número cada vez maior de empresas. Na transformação de plásticos, o uso de resinas recicladas como suplemento e alternativa a materiais virgens possui um papel decisivo no compromisso com a proteção ambiental e climática. Contudo, a mudança para o uwo de uma fração ou mesmo da totalidade de resinas recicladas faz com que as empresas encarem novos desafios. Isso ocorre porque, ao transformar materiais para reutilização, fica-se dependente da sua qualidade: se esta for assegurada, as resinas geralmente podem ser fundidas e usadas novamente na fabricação de uma ampla variedade de produtos. Contudo, em muitos casos, isso não é totalmente possível. Resinas, tais como polipropileno e polietileno em particular, não podem ser separadas entre si usando-se métodos tradicionais, uma vez que elas são apenas ligeiramente diferentes do ponto de vista químico. Mas o fato é que mesmo pequenas alterações no material podem afetar todo o processo de manufatura.

É aqui que entra a competência das empresas especializadas no uso da tecnologia de plasma atmosférico na produção industrial. Quando o plasma entra em contato com materiais, ele provoca mudanças nas suas propriedades superficiais – por exemplo, ela pode se alterar de hidrofóbica para hidrofílica. A empresa alemã Plasmatreat GmbH desenvolveu várias soluções para tratamento superficial que são usadas em processos controlados e reprodutíveis para quase todos os materiais:

  • Limpeza fina com plasma aberto ao ar (processo OpenAir-Plasma) remove contaminações dos substratos;
  • A ativação por plasma aumenta a energia superficial e melhora a ação de adesivos e tintas aplicadas posteriormente;
  • O processo PlasmaPlus usa um nanorevestimento para criar superfícies funcionalizadas com propriedades definidas, tais como proteção contra corrosão ou camada promotora de adesão.

Muitas indústrias já estão usando o plasma em uma ampla variedade de processos. A tecnologia do plasma, mas uma vez, é de particular importância ao fato de a separação não ser 100% pura, as obtidas nos processos de reciclagem possuem propriedades (ligeiramente) diferentes do que suas contrapartes virgens, por exemplo, em termos da qualidade superficial.

Isso exerce um efeito negativo sobre processos como união, impressão, pintura, rotulagem, aplicação de vedações etc. A Plasmatreat oferece diversos produtos plásticos reciclados, por exemplo, por meio da ativação apropriada do material ou da aplicação de uma nanocamada que proporciona uma superfície adicionais. Desta forma é possível expandir as possíveis aplicações dos plásticos reciclados, usando apenas eletricidade e ar comprimido já disponíveis na planta e, dessa forma, contribuir para uma maior proteção ambiental e climática.

Revista Plástico Industrial – ABR/MAI 2023 PG. 20