A aplicação de plasma substitui a camada de barreira em embalagens para produtos químicos.
A IonKraft, uma startup alemã criada em abril desse ano, tem uma meta ambiciosa: usar a tecnologia de plasma para tornar facilmente recicláveis as embalagens plásticas usadas para acondicionar produtos químicos sensíveis, evitando o uso de embalagens multimateriais, cujo reaproveitamento é muito complexo.
A tecnologia empregada tem origem na pesquisa realizada pelo grupo de trabalho de tecnologia do plasma do Instituto de Processamento de Plásticos (IKV) de Aachen (Alemanha), que trata dos revestimentos de barreira que podem ser criados nos polímeros por meio da aplicação de plasma.
No centro das atividades está um reator que reveste embalagens plásticas e lhes confere uma função de barreira resistente a produtos químicos. Para os ajustes de processo necessários nas instalações do cliente, foi criada uma rotina de desenvolvimento baseada em diagnóstico, o que garante a funcionalidade dos revestimentos para que eles de adequem exatamente a cada tipo de embalagem.
A tecnologia
As camadas de plasma aplicadas por meio do reator recém-desenvolvido geram uma forte barreira de migração, por exemplo, para solventes. O projeto deverá permitir o revestimento de embalagens de até 20 litros, o que corresponde à demanda da agroindústria para o acondicionamento de fertilizantes e defensivos.
A vantagem dos revestimentos aplicados pela tecnologia de plasma é que eles podem ser depositados em materiais pouco espessos e não prejudicam a reciclabilidade de embalagem. Em invólucros para alimentos, por exemplo área em que o processo já foi aprovado, o revestimento atua como barreira ao oxigênio e evita a oxidação do conteúdo.
O reator de plasma desenvolvido pela IonKraft realiza o revestimento de recipientes por dentro e por fora. Neste caso, pode servir como uma barreira contra odores, que envolve o mau cheiro do material reciclado, ampliando as suas possibilidades de uso. Em um projeto separado no IKV, pesquisas estão sendo realizadas para avaliar até que ponto os revestimentos são adequados para tornar a reciclagem pós-consumo segura para reutilização no setor de alimentos.
A IonKraft permanece em estreita cooperação com o IKV e com a RWTH da Universidade de Aachen, mesmo após a criação da empresa: a tecnologia de medição da IKV, laboratórios e máquinas ainda estão permanentemente à disposição de testes e análises complexas.
Além disso, o projeto empresarial foi minuciosamente examinado por um jjúri externo de especialistas e amplamente financiado pelo Ministério Federal Alemão para Assuntos Econômicos e Energia, por meio do programa de fomento à pesquisa Exist.
IonKraft – https://ionkraft.com