A holandesa colorFabb lançou recentemente dois tipos de filamentos para impressão 3D baseados em bioplástico. Um deles é o baseado em PHA, biopolímero com propriedades de biodegradação, para impressão por meio do processo de FDM. Denominado allPHA, tem em seu nome as iniciais do poli (hidroxialcanoato) (PHA), sua matéria-prima, e está disponível nas cores preta, natural e branca. De acordo com informações da empresa, a linha é 100% proveniente de fontes biológicas e é 100% biodegradável, sem originar resíduos de microplásticos, desde que seja submetida às às condições ideais de degradação.
O bioplástico desenvolvido é obtido por meio do processo natural de fermentação. Ao alimentar as bactérias com açúcares criam células “gordurosas”, neste caso, o PHA. Portanto, ao final de sua vida útil, os microrganismos poderão digerí-lo novamente. A velocidade da decomposição dependerá da espessura da peça impressa e de fatores ambientais como calor, umidade e a atividade microbiana. Isso, para a colorFabb, o torna diferente dos filamentos baseados em poli(ácido láctico) (PLA), que só são biodegradáveis em ambiente de compostagem industrial.
Em testes de processamento, o bioplástico demonstrou altos índices de adesão camada a camada na maioria das condições de impressão, bons níveis de resistência mecânica e estabilidade a temperaturas superiores a 120 °C. Sua densidade é de 1,24g/cm³, possui Tg abaixo de 0 °C, temperatura recomendada de processo entre 190 e 200 °C e velocidade de impressão recomendada entre 40 e 80 mm/s.
Ainda de acordo com a companhia, ele deve ser impresso em leito frio, com 100% de refrigeração por ventoinha. Como bônus, o uso de uma placa de construção não aquecida permite que os usuários imprimam de forma mais econômica e sustentável, uma vez que reduz o consumo de energia elétrica que seria direcionado para o aquecimento da mesa.
Filamento de PLA simula grama ou musgo
Outro desenvolvimento da colorFabb é o stoneFill Moss Green, nome dado ao seu filamento de poli (ácido láctico) (PLA), também de origem renovável, concebido para que as peças fabricados com ele tenham a aparência e textura de grama ou musgo, já na cor verde.
De acordo com a companhia, o filamento à base de biopolímero possui uma combinação de cargas específicas que proporciona um acabamento salpicado e aveludado no componente impresso. As características do material permitem que as superfícies das camadas se misturem, resultando em um acabamento fosco com linhas de camadas pouco visíveis.
A linha, entretanto, não é novidade no portfólio da companhia, uma vez que ela já disponibiliza o Light Gray, Red Brick e Vibers PLA White, chamados de “grandes irmãos” do Moss Green, mesmo que este não remeta diretamente à aparência de pedra ou rocha (stone, em inglês). Apesar do uso de carga, a holandesa garante que aimpressão do material não é complicada e recomenda o uso do MossGreen em maquinário com leito aquecido entre 50 e 60 °C, temperatura de extrusão entre 195 e 200 °C, velocidade de impressão entre 40 e 100 mm/s e que seja desumidificado antes do seu processamento.
O material pode ser usado, por exemplo, para impressão de modelos arquitetônicos residenciais, de paisagismo. Sua compatibilidade com outros filamentos da linha proporciona boas combinações, unindo as aparências de pedra, concreto ou tijolos com a da grama.